José Alfredo da Costa Azevedo nasceu em Sintra, em 8 de Dezembro de 1907 no edifício da atual pastelaria Piriquita.
Muito cedo iniciou-se na pintura e no desenho, produzindo proficuamente em óleo, aguarela e carvão.
Mencionar o nome do historiógrafo sintrense José Alfredo da Costa Azevedo é constatar que era um homem de Sintra, que, amou a sua terra, a ela devotou todas as energias de estudioso sensível e de homem comprometido com ideais. José Alfredo era o homem, o intelectual, o artista, o político e o resistente. Foi igualmente maçon, a partir de 1929, na Loja Luz do Sol, Grande Oriente Lusitano Unido.
No início dos anos 30 que inicia a sua colaboração no Jornal de Sintra, com artigos de índole cultural e também de intervenção cívica.
Após o 25 de Abril de 1974, precisamente a 14 de Junho foi aclamado como presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Sintra. Demitiu-se em Fevereiro de1976.
Afastado da política ativa, dedica-se então ao de jornalismo histórico-cultural e é no Palácio Valenças, nos anos oitenta, sede da Biblioteca Municipal e do Arquivo Histórico de Sintra, (Serviços culturais), que reuniu a documentação com que compunha depois as suas crónicas.
Nelas, o património natural da grande Serra, das fontes refrescantes, dos palacetes e quintas, das suas igrejas, dos núcleos de arquitetura saloia, de tudo isso falou José Alfredo, extasiado com essa comunhão ímpar entre o meio ambiente e a clara realidade dos agregados urbanos (Vila Velha e Estefânia) caracterizados por quase nove séculos de história humana. Estas crónicas, hoje publicadas, são uma constante de informação para qualquer estudioso de Sintra.
Foi verdadeiro agente cultural. Por isso, foi galardoado em 1980 com a Medalha de Ouro do Concelho e, até ao seu falecimento, em 3 de dezembro de 1991, aos oitenta e três anos intensamente vividos, continuou a pugnar pela dignificação de Sintra, pela sua salvaguarda, pelo conhecimento cultural do seu espaço. Foi novamente galardoado em 2002.