Máximo José dos Reis.

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Máximo José dos Reis.

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AMSNT/MJR

Tipo de título

Atribuído

Título

Máximo José dos Reis.

Datas de produção

1821-02-03  a  1887-06-01 

Datas de acumulação

1725-09-18 - 1887-06-01

Dimensão e suporte

65 documentos; papel; pergaminho.

Extensões

778 Folhas

Entidade detentora

Arquivo Municipal de Sintra

História administrativa/biográfica/familiar

Máximo José dos Reis nasceu em janeiro de 1769 e faleceu no dia 2 de maio de 1849. Filho de João Alberto dos Reis e Mariana Rita de jesus Luis. O seu pai herdou o apelido da avó paterna Cecília dos Reis proprietária e foreira de terras pertencentes ao convento da Penha Longa. Casou na igreja de São João Degolado da Terrugem com Maria Rosa do Carmo Pereira, de Vila Verde, filha de Domingos Pereira, conhecido empreiteiro de construção de obras públicas para a Câmara Municipal de Sintra. Do seu matrimónio nasceram vários filhos Libânia Rosa dos Reis (14 de outubro de 1802), Máximo José dos Reis (8 de maio de 1806), Domingos Joaquim dos Reis (11 de maio de 1807) e Maria Pereira dos Reis (9 de julho de 1809) e Cândida Pereira dos Reis (11 de junho de 1806) para além de outros dois que faleceram durante a infância.Máximo José dos Reis destacou-se no plano económico, político e social da vila de Sintra durante a primeira metade do século XIX. Foi um proeminente proprietário rural e urbano, de entre as suas propriedades contam-se a quinta do Rio do Porto, a quinta da Portela, a quinta da Alegria, a quinta da Penha Longa, a quinta dos Pisões, adquirida em hasta publica no ano de 1810, onde estabeleceu a sua residência, e as casas e quinta do campo de Seteais adquirida a Manuel Joaquim de Sousa Prego em 1811. Para além da importância económica destacou-se no panorama social e politico ocupando vários cargos relevantes na administração local da vila de Sintra que lhe conferiram o direito de habitar com a sua família no Paço Real de Sintra. Foi nomeado para depositário geral da vila de Sintra em 1801, cargo em sucedeu ao seu irmão, João Clímaco dos reis, o qual tomou posse no dia 5 de setembro. Na ata de reunião de Câmara podemos ler: […] Nesta sendo presente o Depositário Geral Máximo José dos Reis deste vila pelo Doutor Presidente [Dr. Carneiro e Sá] lhe foi dado ajuramento dos Santos Evangelhos que de facto de cumprir as obrigações de seu cargo e sendo por ele recebido o dito juramento […]”. Em 1804 ocupava o cargo de contratador, em 1805 foi nomeado Almotacé e no ano seguinte vereador da Câmara Municipal de Sintra. Já em 1810 acumulou os cargos de vereador e Depositário Geral do Cofre dos Órfãos da vila de Sintra. Em agosto de 1813 tomou posse do cargo de capitão mor das ordenanças das vilas de Sintra e Colares para o qual foi eleito. Apesar de estar conotado com o Antigo regime as suas qualidades de foram reconhecidas pelo regime liberal pelo que foi o primeiro presidente da Câmara Municipal de Sintra eleito, cargo que tomou posse no dia 31 dezembro de 1834. Foi, também benemérito de Sintra na medida em que doou um terreno em São Sebastião para a construção do cemitério homónimo onde atualmente se encontra a cadeia comarcã de Sintra.Ver: REIS, Carlos Filipe - Máximo José dos Reis: Uma biografia do capitão-mor das vilas de Sintra e Colares, 2013. Disponível online: <https://sites.google.com/site/capitaomorsintracolares> [acedido a 15-09-2021].

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Doação de Dr. Manuel Côrte-Real no dia 2 de junho de 2021.

Âmbito e conteúdo

Na descrição deste fundo mantivemos a designação de Máximo José dos Reis atribuída pelo doador, no entanto o fundo integra também documentos produzidos por Frederico Guilherme da Silva Pereira (28-04-1806 | 18-02-1871) que casou com Ana Cândida dos reis, filha do capitão mor. À semelhança do seu sogro foi uma figura proeminente na vila de Sintra durante o século XIX. Ocupou cargos como juiz de fora e do cível da Comarca de Sintra, Colares e Belas, juiz de direito do julgado de Sintra (1835 - 1838), presidente da Câmara Municipal de Sintra (Julho de 1833 - Maio de 1834). Como juiz de fora e presidente da Câmara Municipal presidiu à hasta pública de arrematação dos rendimentos das quintas e casas sequestradas em Sintra pertencentes ao Duque de Cadaval, Duque de Lafões, Marquês de Borba, Marquês de Pombal, Conde de Soure e Viscondessa de Asseca, partidários do Rei Dom Miguel e exilados políticos. De Máximo José dos Reis herdou a Quinta da Portela de Sintra e a Quinta do Campo de Seteais em 1849.Ver: ALVES, Jofre de Lima Monteiro - Frederico Guilherme da Silva Pereira: Uma ilustre figura da história de Sintra. Disponível online: <https://www.guiadecolares.pt/frederico-guilherme-da-silva-pereira-uma-ilustre-figura-da-histori(...) [acedido a 20-09-2021].

Sistema de organização

Organizado em 3 séries documentais.

Condições de acesso

Comunicável.

Condições de reprodução

Sujeita à tabela emolumentar em vigor.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Catalogo on-line.