Bolarte Dique Bandeira Nobre

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Bolarte Dique Bandeira Nobre

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AMSNT/BDBN

Tipo de título

Atribuído

Título

Bolarte Dique Bandeira Nobre

Título paralelo

Quinta do Vinagre

Datas de produção

1560  a  1900 

Dimensão e suporte

Papel

Extensões

9494 Folhas
2 Livros

Entidade detentora

Arquivo Municipal de Sintra

História administrativa/biográfica/familiar

A família Bolarte Dique é uma família flamenga com origem no século XVI. O primeiro membro desta família a estabelecer-se em Portugal foi Johanes Dyck, João Dique que casou com Ana da Palma Moniz, filha de Martim Afonso de Palma. Deste matrimónio nasceram 5 filhos: Catarina Dique, Martim Dique Moniz, Francisca Teresa Dique, Serafina Dique e Mariana Dique. Ana da Palma Moniz casou em segundas núpcias com João Batista Jacob que comprou a quinta do Vinagre em 1653.Catarina Dique casou com Diogo Duarte de Sousa e os seus descendentes foram: Mariana de São José (freira em Odivelas), Afonso Dique, nasceu cerca de 1645 e foi cabeça de casal da família por morte de João Batista Jacob de quem era procurador, João Dique nasceu cerca de 1648 e Francisca Josefa nasceu cerca de 1656.Mariana Dique casou com Guilherme Bolarte, filho de Jacques Bolarte e Anne Goossens, vivia na rua direita às portas de Santo Antão. Deste casamento nasceram dois filhos: Afonso Dique de Sousa e João Bolarte Dique. O primeiro instituiu o Morgado do Vinagre e sem descendentes, o seu irmão seria o 1.º Morgado do Vinagre. Os descendentes de João Bolarte Dique foram: Jerónimo Bolarte Dique e António Bolarte Dique.Jerónimo Bolarte Dique foi o 2.º morgado do Vinagre, proprietário do oficio do juiz dos Direitos Reais e Almoxarife da repartição das águas de Colares. Casou com Ana Maria Joaquina Josefa de Jesus Pires Bandeira, filha de Domingos Pires Bandeira. A sua descendente foi Mariana Joaquina de Paula Bolarte Dique, 3.ª Morgada do Vinagre, que nasceu a 9 de abril de 1737. Casou, em 14 de setembro de 1755, com seu primo Custódio José Bandeira, filho de José Rodrigues Bandeira e Brigída Teresa da Conceição e Sousa nascido a 19 de setembro 1728. Por carta de 2 de novembro de 1754, obteve licença para se dizer missa na capela da Quinta. Sucedeu a seu sogro no cargo de Juiz dos Direitos Reais e Almoxarife da Repartição das águas da vila de Colares por carta de 25 de maio de 1757. Por carta de 20 de setembro de 1747 foi nomeado para o cargo de familiar do Santo Oficio e acumulou outros cargos como deputado da Junta de Comércio e Tesoureiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa por decreto de 17 de janeiro de 1780.Da união de Custódio José Bandeira com Mariana Joaquina de Paula Bolarte Dique nasceram: José Pedro Dique Bandeira, Ana Luísa, faleceu com cerca de um ano; Ana, viveu apenas 1 dia; Maria Doroteia Bolarte Dique Bandeira e Francisca que faleceu com cerca de um ano. José Pedro Dique Bandeira, 4.º Morgado do Vinagre, casou com Maria do Carmo Serrão Diniz e desta união nasceu Maria José Serrão Dique Bandeira e Maria do Carmo Serrão Dique Bandeira. Faleceu a 10 de setembro de 1810.Maria José Serrão Dique Bandeira, 5ª Morgada do Vinagre nasceu em 1790 e faleceu a 6 de março de 1855. Foi nomeada para o Almoxarifado das Águas de Colares por sentença de 10 de julho de 1812, cargo que esteve na sua posse até á alteração do Código Administrativo. Casou com António Nobre Pereira de Almeida que nasceu a 5 de agosto de 1769 e faleceu a 6 de junho de 1831. Encontra-se sepultado na Igreja de Colares. Deste casamento nasceram José Maria Dique Bandeira Nobre a 30 de abril de 1817; António Bolarte Dique Nobre que faleceu criança a 5 de dezembro de 1818 e Maria José que faleceu criança a 29 de janeiro de 1826.José Maria Dique Bandeira Nobre, 6º Morgado do Vinagre, nasceu a 30 de abril de 1817 e faleceu a 14 de fevereiro de 1884. Em 1845 ocupou o lugar de vereador da Câmara Municipal de Colares. Casou com Emília de Abreu a 25 de dezembro de 1884. Desta união nasceram: Maria José Dique Bandeira Nobre; Júlia Adelaide Dique Bandeira Nobre; Maria Justina Dique Bandeira Nobre Custódio José, Maria do Carmo, Maria Firmina, estes três últimos faleceram crianças. A extinção legal dos vínculos e morgadios foi decretada em 1863.Maria José Dique Bandeira Nobre, “7ª Morgada do Vinagre”. Faleceu de pneumonia na Quinta do Vinagre em 12 de janeiro de 1932 sem descendentes. Na posse da Quinta do Vinagre sucederam-lhe duas sobrinhas, Maria Emília Bandeira Nobre de Almeida, filha de Júlia Adelaide Dique Bandeira Nobre, e Maria Adelaide Dique Bandeira Nobre Capristano dos Reis, filha de Maria Justina Dique Bandeira Nobre. Breve História da Quinta do VinagreA Quinta do Vinagre localiza-se na freguesia de Colares junto á povoação da Eugaria. Com uma extensão considerável é constituída, também, por um palácio que consubstancia um belo exemplar das casas nobres rurais do século XVI. A sua fundação e primeira edificação foi da responsabilidade do Bispo de Silves e Lamego D. Fernando Coutinho sendo que na sua fachada principal existem, ainda, inscrições datadas de 1586 que testemunham a sua origem. Na posse da propriedade sucedeu-lhe Gaspar de Sousa de Lacerda que comprou a quinta aos herdeiros daquele Bispo e a deixou a Afonso Dique de Sousa que instituiu o Morgado do Vinagre. Sem descendentes a quinta foi herdada pelo seu irmão João Bolarte Dique 1º Morgado do Vinagre. Em 1755 a Morgada Mariana Joaquina de Paula Bolarte Dique casou com Custódio José Bandeira que empreendeu avultadas obras de melhorias designadamente com a construção de uma nova ala pelo que, atualmente, a casa apresenta uma forma em L que resultou dessa obra acrescento edificado no século XVIII. Melhorou também a adega da Quinta na qual se produziu vinho com a designação Colares Dique que chegou a ser exportado para o Brasil.Já no inicio do século XX após a morte de Maria José Dique Bandeira Nobre, as suas sobrinhas venderam a Quinta ao Estado português. Em 1926 foi ali instalado o Preventório de Colares para acolhimento de crianças cujos pais padeciam de tuberculose ou em risco de contágio período no qual a Quinta conheceu algum declínio. Durante a década de 40 foi adquirida pelo 5.º conde de Mafra, Francisco de Melo Breyner, e sua mulher Maria Antónia Tedeschi Plácido cujos herdeiros venderam a Quinta a Pierre Schlumberger, milionário francês, casado com Maria da Conceição Diniz. Com estes proprietários durante a década de 60 foram adquiridos terrenos e quintas limítrofes que acrescentaram sobremaneira os limites da Quinta do Vinagre.

Sistema de organização

Fundo constituído por 6 secções, 13 subsecções, 36 séries e 4 subséries.

Condições de acesso

Comunicável.

Condições de reprodução

Sujeito à tabela emolumentar em vigor.

Idioma e escrita

Português

Instrumentos de pesquisa

Catálogo on-line.

Notas de publicação

Referência bibliográficaVer PONA, Diogo de Paiva - Bollaert (ou Bolarte) e Dijk (Dyck ou Dique), morgados do vinagre, em Colares. [Em linha]. [Consult. em 11-09-2019] Disponivel na www: <http://m.genealogias.info/mobi/1/upload/bollaert_e_dyck.pdf>.