Instituto Histórico de Sintra
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AMSNT/IHS
Tipo de título
Formal
Título
Instituto Histórico de Sintra
Datas de produção
1814
a
1950-01-01
Extensões
1366 Folhas
2 Envelopes
Entidade detentora
Arquivo Municipal de Sintra
História administrativa/biográfica/familiar
O instituto Histórico de Sintra foi fundado no dia 2 de julho de 1929 por José de Sucena (Conde de Sucena), Afonso de Dornellas e Luciano José de oliveira Ribeiro. O projeto de estatutos apreciado e aprovado pelos fundadores em 10 de julho de 1929. Após revisão e simplificação, os estatutos foram definitivamente aprovados em sessão de 2 de agosto de 1930 e, finalmente, em 6 de novembro do mesmo ano foram aprovados pelo governo civil. Nestes estatutos estão plasmados os objetivos do Instituto entre os quais: “Organizar metodicamente a bibliografia das fontes da história que interessam a Sintra e seu termo”; “ Promover a publicação dum órgão onde inclua todos os elementos antigos e modernos que sirvam para salientar a história e desenvolvimento da mesma região”; “Promover a organização dum museu-biblioteca”; “Organizar exposições e conferências onde principalmente se demonstre a atividade antiga e moderna do Concelho”; “Organizar o estudo metódico e histórico de todos os monumentos, edifícios e quintas da região”. O Instituto pretendia atuar de forma transversal abrangendo várias áreas de estudo como história, arqueologia, património, arte entre outras com o objetivo de preservar, valorizar e divulgar o património cultural de Sintra. A primeira sede foi no palácio de Seteais que pertencia, então, ao conde de Sucena. Posteriormente passou para os Paços do Concelho onde os membros passaram a reunir na sala das sessões da secretaria. Do ponto de vista funcional o instituto era dirigido por um concelho composto de um presidente, um secretário e um tesoureiro que eram eleitos trienalmente. A este órgão, entre outras funções, competia a direção cientifica e administrativa do Instituto, nomear comissões especiais para o desempenho de qualquer missão, convocar a Assembleia Geral todos os anos para apreciação dos relatórios anuais ou convocar a Assembleia Geral de três em três anos para eleição dos corpos gerentes escolhidos de entre os seus sócios. Apesar de contar com um número reduzido de membros desenvolveu inúmeras iniciativas para a defesa, preservação e divulgação do património do concelho. Neste âmbito a sua intervenção fez-se notar em várias efemérides do panorama cultural sintrense. Logo em 1929 participou na II Exposição de Sintra realizada no palácio de Seteais com uma coleção de gravuras, litografias e desenhos de Sintra bem como a publicação do único número da revista intitulada “Sintra e o seu termo” dedicado à II exposição de Sintra. Pela mão de um dos seus fundadores, Afonso de Dornellas, foi realizado o estudo sobre o selo, as armas e a bandeira do município de Sintra. Aquando das obras de alargamento da estrada de São Pedro foi graças à intervenção do Instituto que se preservou o tumulo dos dois Irmãos com a sua trasladação para o local onde permanece até a atualidade. A morte de Afonso de Dornellas, um dos principais dinamizadores, em 9 de fevereiro de 1944, conduziu à rápida dissolução do Instituto.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Incorporação.