Marqueses de Marialva
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AMSNT/MM
Tipo de título
Atribuído
Título
Marqueses de Marialva
Datas de produção
1656-07-01
a
1845-07-10
Entidade detentora
Arquivo Municipal de Sintra
História administrativa/biográfica/familiar
O primeiro marquês de Marialva e 3º conde de Cantanhede, foi um fidalgo militar que se destacou na guerra para a restauração da independência de 1640 sendo, inclusivamente, nomeado coronel no próprio dia da aclamação do rei D. João IV em 1 de Dezembro daquele ano. Os seus feitos militares prolongaram-se por mais 28 anos, na manutenção da defesa de algumas praças fortes alentejanas, até à assinatura do tratado de Lisboa em 13 de fevereiro de 1668 onde se reconhece a restauração da independência de Portugal. Pelo contributo que deu para a independência do reino chamavam-lhe o libertador da pátria recebendo algumas mercês de entre as quais o título de marquês de Marialva, por decreto de 11 de Junho de 1661. Em 1662 perante o constante perigo de novas incursões do exército castelhano foi nomeado, pela rainha regente Dona Luísa de Gusmão, Governador das Armas do Exército na Província do Alentejo onde se destacou na defesa das linhas de Elvas e na batalha de Montes Claros. O 2.º Marquês de Marialva foi D. António de Meneses título que passou para D. Joaquina Maria da Conceição Meneses. O 4.º Marquês foi D. Pedro José de Alcântara de Meneses Noronha Coutinho. A história desta família cruza-se com a História de Sintra quando, cerca de 1800, D. Diogo José Vito de Menezes Noronha Coutinho, 5.º marquês de Marialva, estribeiro mor do reino, adquiriu a Quinta da Alegria e o palácio de Seteais a Joanna de Goran, viúva do cônsul holandês Daniel Gildmeester que edificou a Quinta da Alegria e a ala poente do palácio de Seteais. Ao 5.º marquês de Marialva coube a responsabilidade de construir a ala nascente e do arco triunfal que une os dois corpos.A casa de Marialva viria a ser extinta em 1823 com a morte do 6.º marquês, D. Pedro José vito Meneses Coutinho. Ao longo da sua carreira militar destacam-se algumas funções desempenhadas como a sua nomeação para ajudante de campo do Duque de Lafões em 1786 ou o cargo de Diretor do Arquivo militar para a conservação de cartas militares, geográficas e marítimas para o qual foi designado em 1802. Ocupou, também o cargo de embaixador em Paris onde viria a falecer, solteiro e sem descendência, a 22 de novembro de 1823.O palácio de Seteais, no entanto, manteve-se na posse de um membro da família até 1846 pois, esta propriedade coube em partilhas a D. Joaquina de Meneses, filha do 5.º Marquês, que faleceu, também sem descendência ou ascendência. Na posse das propriedades em Sintra, sucedeu-lhe um sobrinho, D. Nuno José Severo Rolim de Moura Barreto, 1.º Duque de Loulé.
Sistema de organização
Fundo organizado em 4 secções com 13 séries documentais ordenadas de acordo com o critério cronológico.
Condições de acesso
Comunicável
Condições de reprodução
Sujeito à tabela emolumentar em vigor.
Idioma e escrita
Português
Instrumentos de pesquisa
Catálogo online.